
O deputado Waldemar Borges (PSB) classificou como “demonstração de incapacidade gerencial e amadorismo” a sequência de impasses enfrentados pela administração de Fernando de Noronha na contratação da empresa Ambipar, responsável pela limpeza urbana da ilha. O revés mais recente foi determinado pela Justiça, que deu prazo de 72 horas para que o Governo de Pernambuco e a contratada forneçam informações sobre a licitação que resultou na escolha da empresa, em abril.
A contratação, no valor de R$ 64,7 milhões, vai vigorar por cinco anos. Uma das empresas derrotadas no processo judicializou o caso por apontar favorecimentos à Ambipar, que não teria comprovado a condição de executar o objeto da licitação, já que há dúvidas sobre a compatibilidade de atestados de qualificação técnica. No início do mês, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) já havia exigido a apresentação de documentos sob pena de entender que eles não existem.
“Noronha está sem administrador titular desde janeiro, depois que o governo indicou e desindicou o nome que tinha sido apresentado. Não bastasse isso, outros problemas gerenciais se acumulam, como problemas na reforma da pista do aeroporto e, agora, a licitação da limpeza urbana. Isso é só mais uma lamentável demonstração de incapacidade gerencial e amadorismo de uma gestão que tem dificuldade de fazer licitações ou até mesmo de aplicar recursos de financiamentos autorizados pela Assembleia”, avaliou o deputado.