5 de novembro de 2025 às 21h00min
Em reunião de lideranças da Enfermagem em Brasília, no dia de hoje (5), deu-se início a construção de um calendário de mobilização, paralisação e, caso o Governo Federal continue ignorando a categoria, haverá greve.
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As discussões começaram com uma audiência pública realizada na Câmara Federal ontem (4), mas o governo federal não se comprometeu com a pauta da categoria, e pouco se compromete com a PEC 19, que objetiva calcular o valor do piso nacional da categoria considerando uma carga horária de 30 horas; a falta de celeridade do STF em julgar o mérito da ADI 7222, que busca tornar a lei do piso inconstitucional; a negação ao diálogo do senador Otto Alencar (PSD) que não tramita a PEC há mais de 300 dias.
O silêncio e a falta de engajamento do Governo Federal em articular a defesa do piso nos três poderes pode desencadear a greve. “O diálogo é essencial e ainda assim, prefeitos, governadores e o executivo federal não estão colaborando com a enfermagem. Tal situação respinga no serviço privado, nas cooperativas e na filantropia. Humilhando uma categoria com mais de 3 milhões de trabalhadores, que hoje precisam conviver com salários complementados”, afirmou o deputado Gilmar Júnior (PV).
Em Pernambuco, uma greve da categoria impactaria, somente em 72 horas, atrasos em cirurgias e exames; Superlotação de emergências; Repercussão negativa nos indicadores estaduais de saúde (o que afeta repasses federais); Haverá filas, transferências represadas e aumento do tempo de espera em unidades críticas.
Gilmar Júnior ainda diz que a luta pela Enfermagem é suprapartidária. E que caso decretada, apoiará a greve. “Raquel Lyra, João Campos ou qualquer outro governante não estão preparados para uma greve dessa magnitude. Então, precisam se posicionar e ativar o alerta de caos na saúde”, finalizou.
