Articulação de bloco na CCLJ garante retirada de projeto das faixas salariais

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Publicado por Karol Matos
26 de março de 2024 às 13h00min
Foto: Ivaldo Reges

Mesmo antes de iniciar a reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Alepe, na manhã desta terça-feira (26), o dia já começou intenso com policiais e bombeiros militares reunidos em frente à Casa para se posicionarem contrários ao projeto da extinção das faixas salariais enviado pelo Estado. O maior questionamento é em relação ao prazo dado pelo Governo, já que o fim das faixas só aconteceria de forma efetiva em 2026. 

Com a confirmação de que a matéria seria analisada hoje, a oposição se articulou para, literalmente, mexer as peças do tabuleiro e garantir a derrota do Palácio. O movimento começou com a nomeação de Rodrigo Farias (PSB) como líder do bloco formado por PSB, Republicanos e PSOL. 

O grupo foi montado no fim do mês passado, atuando como um só em decisões na Casa. O Blog Cenário trouxe esta notícia em primeira-mão.

Logo em seguida, foi apresentado um ofício assinado por Dani Portela (PSOL), pedindo para que Brigido fosse para a Comissão de Administração no lugar de Rodrigo Farias e o socialista, por sua vez, assumiria o lugar do colega na CCLJ, virando, assim, um voto contra o Governo.

Já Alberto Feitosa (PL), suplente da CCLJ, também foi escalado para participar, substituindo Renato Antunes, que é aliado do Palácio, mas está em viagem a Brasília. Com essas mudanças, a oposição já tinha garantidos cinco votos contrários: os de Feitosa, Rodrigo, Sileno Guedes (PSB), Waldemar Borges (PSB) e Romero Albuquerque (UB). Os demais deputados que participaram da reunião foram: Antônio Moraes (PP) e Débora Almeida (PSDB), que são da base do governo, além de Luciano Duque (SD) e João Paulo (PT), que poderiam ou não votar com o Palácio. 

Com a iminência de derrota, o texto foi retirado da pauta da CCLJ e ganhou um prazo de pouco mais de duas semanas para ser reapresentado. Resta saber se daqui para lá a governadora conseguirá virar votos favoráveis ao projeto.

“A matéria foi retirada, porque não tinha votos. Ela ia ser derrotada por falta de votos que o Governo não tinha”, afirmou Rodrigo em conversa com o blog.

Karol Matos

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