O ex-candidato a prefeito do Recife pelo PL, Gilson Machado, entrou em contato com o Blog Cenário para comentar matéria sobre as afirmações do deputado Renato Antunes (PL), em entrevista ontem (9) à Rádio Folha.
Leia também:
Na ocasião, Renato, que é aliado de Anderson e André Ferreira, fez algumas considerações em relação à campanha de Gilson, afirmando que faltou debater mais o Recife e falar menos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Primeiro, eu queria saber se ele não viu falar da máfia das creches. Se a máfia das creches é um assunto nacional ou está no local. Segundo, se ele chegou a ver meu plano de governo. Como ele é do PL, ele devia ter visto meu plano de governo”, iniciou Machado, detalhando suas propostas para saúde, segurança pública.
“Se ideológico é ter orgulho e ser leal ao presidente Bolsonaro e apoiar ele, preparar o caminho para ele em 2026 voltar a ser presidente do Brasil, eu sou ideológico sim. Eu não entendo é gente que é bolsonarista num canto e no outro não é Bolsonaro. É Bolsonaro de acordo com a sua própria conveniência”, alfinetou.
Questionado se o PL de Pernambuco estaria deixando de ser bolsonarista, ele respondeu: “o PL de Pernambuco, não, mas algumas pessoas já deixaram há muito tempo. Agora, eu, Gilson Machado, o PL Recife do qual eu sou presidente, eu sou 100% leal ao presidente Bolsonaro e não escondo ele, nunca escondi”.
Desde a eleição de 2022, que Gilson (então candidato a senador) não têm uma boa relação com os Ferreira (líderes estaduais do PL). Neste pleito, a situação ficou ainda mais tensa, após o presidente nacional, Valdemar Costa Neto, dar declarações contrárias à candidatura de Machado no Recife. O ex-ministro criticou o baixo envio de recursos, afirmando que se tivesse recebido o teto, a diferença seria distribuída aos candidatos da proporcional. Como o dinheiro não chegou, teria prejudicado os postulantes à Câmara Municipal.
“O PL poderia ter eleito mais dois vereadores. Podia ter entrado Alcides e Nilson Pereira, que teve sete mil e poucos votos e não entrou. Você vê que apesar de tudo isso, o boicote que foi explícito, meu filho teve 16 mil e poucos votos e eu consegui ter 130 mil votos. Apesar da governadora ter um candidato que ficou com 3%, eu tive 14% dos votos”, afirmou.
O ex-ministro avaliou também a situação do partido no estado. “A realidade é que ele [Anderson] só conseguiu firmar o PL em poucas cidades do estado. O PL só ganhou em Jaboatão e Escada. E não foi por causa do presidente [estadual], não, mas pelo esforço próprio dos candidatos: da prefeita Mary Gouveia e do prefeito Mano Medeiro, que está bem avaliado e já está se descolando dele. Inclusive, eles atrapalharam lá o prefeito Mano com a imagem deles”, finalizou.