
Escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o comando do Ministério da Previdência Social desde a montagem do primeiro escalão, Wolney Queiroz ficou em segundo plano quando o PDT fez valer o peso de Carlos Lupi na indicação pelo comando da pasta no início de 2023.
Com a revelação da fraude de R$ 6,3 bilhões em aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a situação de Lupi se tornou insustentável. Pressionado, ele entregou o cargo nesta sexta (2), abrindo caminho para que Wolney, até então secretário executivo, fosse oficializado no posto.
O pernambucano deve voltar a disputar uma cadeira na Câmara Federal em 2026 e precisa se desincompatibilizar do ministério 6 meses antes da eleição. Habilidoso, Wolney tem a missão de, nesse período, tentar contornar a crise e restaurar a imagem do INSS. Grande oportunidade para se fortalecer politicamente.
Representação – Além de Wolney Queiroz (Previdência Social) Pernambuco conta com outros 6 ministros. São eles: André de Paula (Pesca e Aquicultura), Frederico Siqueira (Comunicações), Jose Mucio (Defesa), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação) e Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos).
Galeria – Com a ascensão de Wolney Queiroz ao posto mais alto do Ministério da Previdência Social, ele passa a ser o 4º ministro caruaruense. Antes dele, ocuparam o primeiro escalão do Governo Federal: Alfredo Pinto Vieira de Melo, Álvaro Lins e Fernando Lyra, tio da atual governadora Raquel Lyra (PSD).
Desafio – Com um requerimento pedindo a criação da CPI do INSS protocolado na quarta (30), o novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, vai precisar ter jogo de cintura para lidar com a oposição na Câmara. Sua boa interlocução com a Casa, onde exerceu seis mandatos, pode ser um caminho para conter a crise.
Lista – Dos 185 deputados que assinaram a CPI do INSS, sete são pernambucanos: André Ferreira (PL), Coronel Meira (PL), Fernando Rodolfo (PL), Pastor Eurico (PL), Mendonça Filho (UB), Ossesio Silva (Republicanos) e Clarissa Tércio (PP). Os três últimos são filiados a partidos que ocupam ministérios no governo Lula.
Influência – Após contribuir com a vitória do seu candidato à Câmara de Caruaru em 2024, a deputada Rosa Amorim (PT) e o MST lançaram um nome no município para concorrer à presidência do Partido dos Trabalhadores. O processo de eleição interna da legenda está marcado para o dia 6 de julho em todo o país.