No Senado, Wolney diz que “o ladrão” entrou no INSS entre 2019 e 2022

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Por Redação
15 de maio de 2025 às 11h30min
Foto: Alessandro Dantas

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, está na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC), nesta quinta (15), prestando esclarecimentos sobre as fraudes relacionadas a descontos não autorizados por aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O pedido foi feito pelos senadores Sergio Moro (UB-PR), Dr. Hiran (PP-RR), Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos Rogério (PL-RO).

Durante suas considerações iniciais, o ministro classificou as fraudes no INSS como “um assunto de extrema gravidade, que indignou o Brasil”. Segundo ele, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), determinou a apuração do caso “até as últimas consequências, para que nenhum aposentado saia no prejuízo”.

Wolney afirmou que, em 2019, começaram a chegar denúncias de descontos irregulares nas aposentadorias. Segundo ele, o “ladrão entrou na casa” entre 2019 e 2022, devido ao fim da revalidação, que levou 11 empresas a se credenciarem ao INSS. “Descobrimos que essas instituições eram 100% fraudulentas e se estabeleceram nesse período”, declarou.

O ministro disse que o governo deu uma “resposta firme” ao esquema de fraudes contra aposentados e pensionistas, com ações conjuntas da Polícia Federal, da Controladoria-Geral da União e da Advocacia-Geral da União. Segundo ele, as operações resultaram no bloqueio imediato de R$ 2,56 bilhões de 12 entidades, além da suspensão de descontos em folha e da criação de uma força-tarefa jurídica específica para combater irregularidades. 

Queiroz também afirmou que foi dada prioridade à comunicação transparente com os beneficiários, com a notificação de 27 milhões de segurados via aplicativo Meu INSS. Após as considerações iniciais do ministro Wolney Queiroz, teve início a fase de participação dos senadores com perguntas sobre a fraude nos benefícios pagos aos assegurados do INSS.

Inicialmente, os questionamentos serão feitos pelos autores dos requerimentos aprovados na CTFC: senadores Sergio Moro, Eduardo Girão, e Dr. Hiran.

Redação

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