
A líder do governo na Alepe, deputada Socorro Pimentel (UB), que voltou às atividades após um curto período de férias no Chile, esteve no Palácio do Campo das Princesas para debater a possibilidade ou não de votação do projeto de lei que trata do reajuste dos professores. A matéria está liberada para aprovação desde a semana passada na Casa, mas por falta de quórum, não pôde ser votada.
Para que qualquer matéria prevista na ordem do dia seja votada, é preciso que pelo menos 25 parlamentares estejam presentes em plenário, mas desde o dia 21 de maio, a bancada governista tem esvaziado o plenário como forma de pressionar a oposição – que comanda as três principais comissões – a dar encaminhamento à votação do projeto de empréstimo de R$ 1,5 bilhão. A proposta está travado na Comissão de Justiça, porque o colegiado solicitou informações complementares que não foram enviadas. Eles dizem que até o esclarecimento desses pontos, o projeto não será pautado na comissão.
Na manhã desta segunda (9), professores da rede estadual paralisaram as atividades e participaram de uma reunião conduzida pelo presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB). No encontro, ele afirmou que a Assembleia “cumpriu o seu papel”, mas que o Governo não mandou os deputados aliados para votar o reajuste dos professores.
A presidente do sindicado, Ivete Caetano, disse em entrevista à imprensa que a estratégia não era “inteligente”, por ser uma “perda política” para o Governo, que tinha feito uma mesa de negociação pacificada com base no diálogo.
Em meio à pressão dos profissionais da educação, Socorro Pimentel foi ao Palácio para tentar definir se haverá o número suficiente de deputados para votar esta e outras matérias previstas na pauta de hoje, ou se manterão o movimento de esvaziamento. A bancada ainda não tem uma definição sobre qual será o posicionamento.