Silvio aciona MPF contra vagas exclusivas para o MST em curso de Medicina

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Por Redação
24 de setembro de 2025 às 07h30min
Foto: Vladimir Barreto

O vereador de Caruaru, Silvio Nascimento (PL), se posicionou sobre o anúncio da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em relação à criação de 80 vagas exclusivas para o curso de Medicina, voltadas a integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no âmbito do Pronera/Incra. Para o parlamentar, a iniciativa representa um “privilégio inaceitável” e coloca em risco princípios de igualdade, meritocracia e transparência no acesso ao ensino superior público.

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Segundo Silvio Nascimento, a proposta contraria o esforço de milhares de jovens brasileiros que dedicam anos de estudo para ingressar em cursos de alta concorrência, como Medicina. “Estudar para quê? O que se está mostrando à juventude é que a filiação a um movimento social se torna um atalho para uma das carreiras mais prestigiadas do país”, afirmou.

O vereador destacou que entidades médicas como Cremepe, Simepe, AMPE e AMB já se manifestaram contra o modelo anunciado pela UFPE, alertando para riscos na qualidade da formação médica. “A vida dos pacientes depende da excelência, e a excelência é conquistada com estudo, não com favores”, ressaltou.

Para garantir transparência, Nascimento informou ter encaminhado ofícios ao Ministério da Educação, ao Incra, ao Pronera e à UFPE solicitando informações detalhadas sobre a base legal, critérios de seleção, financiamento, corpo docente, infraestrutura, além de eventuais impactos no Agreste e em Caruaru. Ele também questiona a compatibilidade da iniciativa com a Constituição, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a Lei de Cotas e outros programas federais na área da saúde.

Além dos ofícios, o vereador protocolou representação junto ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União pedindo medida cautelar para suspender o curso e instaurar investigação sobre sua legalidade. “Não se trata de obstruir políticas inclusivas, mas de assegurar governança, legalidade, igualdade de acesso e uso correto dos recursos públicos”, reforçou.

Silvio Nascimento concluiu defendendo que a educação pública continue sendo um “farol de esperança e oportunidade para todos”, baseada na competência e no esforço individual. “A Medicina é uma ciência, não um instrumento de militância política. Precisamos defender juntos a igualdade de oportunidades no nosso país”, afirmou.

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