Alepe é a primeira Assembleia do País a aprovar lei de combate à falsificação de bebidas alcóolicas

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Por Redação
15 de outubro de 2025 às 18h35min
Foto: Roberta Guimarães

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou nesta quarta (15) no plenário, em duas discussões, o Projeto de Lei que reúne um conjunto de medidas para combater a falsificação de bebidas alcoólicas. O substitutivo aprovado por unanimidade reúne propostas apresentadas por oito deputados. Por se tratar de temáticas em comum, o deputado Diogo Moraes (PSDB), designado para a relatoria, apresentou um texto substitutivo unificando todas as propostas. O PL segue, ainda hoje (15), para sanção da governadora em exercício Priscila Krause (PSD). 

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Para o presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), “a Assembleia mostrou agilidade, se mobilizou e mostrou coesão para discutir e aprovar este projeto que combate o uso de metanol em bebidas, evitando novas tragédias, protegendo a saúde e a vida dos consumidores”.

A aprovação desse projeto fará com que haja medidas mais restritivas ao consumo de bebidas adulteradas em Pernambuco. As fiscalizações serão mais rígidas, as notificações da Polícia Civil mais rápidas e haverá uma maior proteção dos comerciantes através da requisição das notas fiscais sobre a origem dos produtos nacionais e importados. Tudo foi feito para termos uma legislação eficaz que proteja os consumidores”, destacou o deputado Diogo Moraes.

O texto aprovado em plenário define critérios claros para a rastreabilidade das bebidas, determina a obrigatoriedade de laudos laboratoriais que atestem a ausência de substâncias perigosas e impõe obrigações para produtores e comerciantes. Entre as proibições, destacam-se a adição de metanol na produção artesanal ou industrial e a comercialização de bebidas sem nota fiscal, com lacres violados ou armazenados de forma inadequada.

Além da fiscalização preventiva, a Lei também fortalece o atendimento em saúde. Estabelecimentos públicos e privados serão obrigados a notificar, em até 24 horas, os casos de intoxicação por metanol à Secretaria Estadual de Saúde e à Polícia Civil. O projeto ainda orienta o Poder Executivo a garantir antídotos e criar protocolos clínicos específicos. 

O presidente da Comissão de Justiça da Alepe, deputado Alberto Feitosa (PL), falou sobre a importância da aprovação do projeto para o Estado. “Seremos o primeiro Estado da Federação a ter uma lei que regulamenta e pune quem adulterar bebidas com metanol ou outras substâncias que possam levar as pessoas a terem problemas de saúde ou vir a óbito”.

A nova legislação também mexe no Código de Defesa do Consumidor do Estado, reforçando a responsabilização dos fabricantes e distribuidores por danos causados ao consumidor em razão de adulteração ou contaminação das bebidas alcoólicas. Segundo o deputado João Paulo Costa (PCdoB), a aprovação do projeto visa garantir leis mais rigorosas e proteger a saúde dos pernambucanos. “Nosso trabalho é defender o consumidor e evitar que produtos ilegais coloquem vidas em risco”, destacou. 

Na avaliação do deputado Luciano Duque (SD), o projeto aprovado na Alepe é uma medida de proteção à vida. “A gente sabe que a venda de bebidas adulteradas tem causado mortes e sérios problemas de saúde. O que estamos propondo é simples e justo: que o comércio só venda produtos de origem comprovada, com nota fiscal. Quem trabalha direito não tem o que temer. A meta é acabar com o comércio clandestino”, afirmou. 

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