12 de novembro de 2025 às 09h15min
A crise no abastecimento de água que afeta Petrolina desde o início da semana tem provocado sérios transtornos à população e compromete o funcionamento de serviços essenciais. Na área da saúde, unidades básicas dos bairros Vila Eduardo e Henrique Leite precisaram suspender temporariamente o atendimento, enquanto a UBS Fernando Idalino funcionou apenas para agendamentos. Sem água, procedimentos como vacinação, curativos, consultas médicas e odontológicas ficaram interrompidos, causando impacto direto no cuidado da população.
Clique aqui, inscreva-se e ative o sininho.
No setor da educação, a situação também é crítica. A Faculdade de Petrolina (Facape) suspendeu as aulas do turno da noite de segunda(10) e do turno da manhã desta terça (11), mesmo após tentativas de abastecimento emergencial com carros-pipa. Escolas da rede municipal enfrentam o mesmo problema e precisaram interromper as atividades, deixando alunos e profissionais sem condições básicas de funcionamento, como limpeza das salas, preparo de merenda e higiene das instalações.
A gestão municipal tem mobilizado carros-pipa para atender prédios públicos, porém a demanda é maior do que a capacidade de distribuição. Além disso, o comércio local também sente os efeitos da crise. Relatos de padarias e pequenos estabelecimentos que precisaram suspender o funcionamento mostram que o problema ultrapassa o serviço público e começa a afetar a economia e a rotina de trabalho das famílias petrolinenses.
Diante do cenário, o prefeito Simão Durando solicitou esclarecimentos e medidas urgentes à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), responsável pelo abastecimento, e reforçou o apelo ao Governo do Estado.
“Estamos fazendo tudo o que está ao alcance da gestão municipal, mas o abastecimento é responsabilidade da Compesa. Estamos às margens do Rio São Francisco e a população paga por esse serviço. Não é justo ver escolas fechadas, postos sem atendimento e comércios parando. Temos respeito a governadora Raquel Lyra, mas é meu dever cobrar uma solução imediata. Petrolina merece respeito e respostas”, afirmou.
