
O Governo do Estado irá construir 4.654 cisternas em áreas rurais de 38 municípios pernambucanos. A iniciativa ocorre por meio de chamamento público, publicado na edição do Diário Oficial desta sexta (25) para atender às localidades afetadas pela estiagem. O investimento de R$ 40 milhões será aplicado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca (SDA), para construção de cisternas que irão garantir o acesso à água para consumo humano, produção de alimentos e criação de pequenos animais das famílias que vivem em áreas rurais e comunidades tradicionais.
A governadora Raquel Lyra (PSD) ressalta que a iniciativa garante mais dignidade para milhares de famílias pernambucanas. “Nosso governo tem o compromisso de levar água para todos aqueles que convivem há anos com a escassez. Para isso, buscamos alternativas que atendam às necessidades de cada região. E a construção de cisternas permite que as pessoas possam plantar, criar gados, na terra onde moram, valorizando suas raízes. Dessa forma, estamos construindo o Estado mais justo e resiliente para todos”, afirmou.
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O projeto será implementado em 38 municípios pernambucanos, distribuídos entre as regiões do Sertão, Agreste e Zona da Mata. As cisternas beneficiarão prioritariamente famílias de baixa renda em zonas rurais, agricultores familiares e populações em situação de insegurança hídrica e alimentar. O projeto será executado em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), dentro do Programa Cisternas. A previsão é de que as obras sejam concluídas em até 12 meses.
Serão construídos dois tipos de cisterna, com finalidades distintas. O primeiro modelo, conhecido como cisterna de placas, possui capacidade de 16 mil litros e é destinado ao armazenamento de água de chuva para consumo humano. Serão implantadas 4.312 unidades deste tipo. Já o segundo modelo, a cisterna calçadão, tem capacidade de 52 mil litros e será usado para apoiar a produção de alimentos e a criação de pequenos animais. Destas, serão implantadas 342 cisternas.
“A construção das cisternas fortalece a agricultura familiar, reduz a dependência de carros-pipa, promove a saúde pública ao evitar doenças de veiculação hídrica e contribui para a autonomia das comunidades rurais. Também representa uma resposta concreta aos efeitos das mudanças climáticas, reforçando a resiliência e a capacidade de adaptação da população do Semiárido”, pontuou o secretário de Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca de Pernambuco, Cícero Moraes.
A escolha dos municípios pernambucanos inseridos no convênio entre a Secretaria estadual e o Ministério levou em conta a vulnerabilidade dos produtores rurais em localidades que ainda não haviam sido contempladas com o Programa Cisternas, de acordo com critérios estabelecidos pelo governo federal. Seguindo essas diretrizes, pelo menos 70% das cisternas de segunda água (calçadão) serão destinadas a mulheres, e 50% das cisternas de primeira água (placas) beneficiarão povos e comunidades tradicionais.
Além da instalação da cisterna, as famílias beneficiadas também receberão acompanhamento técnico voltado à inclusão produtiva. A divisão por lotes segue os critérios determinados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e prevê a seguinte distribuição:
Lote 1 (Sertão Central, Moxotó, Pajeú e Itaparica):
- Santa Cruz da Baixa Verde
- Salgueiro
- Cedro
- Betânia
- Serrita
- Calumbi
- Verdejante
- Terra Nova
- Carnaubeira da Penha
Lote 2 (Agreste Meridional)
- Calçado
- Tupanatinga
- Jucati
- Lajedo
- São João
- Itaíba
- Águas Belas
- Iati
- Canhotinho
- Saloá
Lote 3 (Mata Sul e Norte, Agreste Central e Setentrional)
- Carpina
- Casinhas
- Chã Grande
- Cupira
- Frei Miguelinho
- Limoeiro
- Pombos
- Santa Cruz do Capibaribe
- Toritama
- Tracunhaém
Lote 4 (Agreste Central)
- Panelas
- Sairé
- Brejo da Madre de Deus
- Cachoeirinha
Lote 5 (Sertão de Itaparica, São Francisco e Araripe)
- Belém de São Francisco
- Ipubi
- Orocó
- Afrânio
- Petrolina