
O deputado Waldemar Borges (PSB) fez um novo Pedido de Informação nesta segunda (19) ao Governo do Estado em relação ao uso dos recursos das operações de crédito já aprovadas pela Assembleia Legislativa de Pernambuco e que foram contratados pela governadora Raquel Lyra (PSD). “Para aprovar o novo empréstimo solicitado pelo Governo do Estado, tenho dito desde que o projeto chegou à Alepe que não me sentiria confortável de votá-lo sem saber o que foi feito com os empréstimos anteriores”, disse o parlamentar.
O Pedido de Informações nº 3459/2025, em que solicito o detalhamento das ações, projetos ou programas executados até o presente momento com os recursos mencionados ainda não foi respondido. “Solicitei as informações desde o dia 6 de maio e estou aguardando a resposta para poder me posicionar, como relator da matéria, em relação ao novo empréstimo. Então ninguém venha dizer que é a Alepe que está protelando a aprovação do empréstimo”, ressaltou.
Borges realizou o novo Pedido de Informações porque um fato novo surgiu com a movimentação orçamentária publicada no Diário Oficial do Estado no dia 14 de maio de 2025. O Decreto nº 58.605 remaneja valores a partir do contrato nº 0620.946-63, referente a operação de crédito firmada com a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 1,7 bilhão. De acordo com o decreto, os recursos foram remanejados da Secretaria de Administração, mais especificamente da atividade voltada à Transformação Digital do Governo de Pernambuco. O valor foi proveniente da fonte 0754 – Recursos de Operações de Crédito.
O Decreto autoriza a abertura de crédito suplementar no valor de R$ 124.201,01 em favor do gabinete da governadora e tem como objetivo reforçar a dotação orçamentária destinada à realização de investimentos em adequações nas instalações físicas do seu gabinete. “Para esclarecer esse fato estamos apresentando esse segundo Pedido de Informações. Se isso for comprovado pelos órgãos de controle já é um fato muito grave. No mais, reforça a necessidade de termos respostas ao primeiro Pedido de Informações que fizemos. Não é nenhum absurdo os deputados quererem saber o que foi feito com os empréstimos já autorizados”, concluiu.